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A economia cearense e a atuação da FIEC

No próximo mês de setembro, o empresário Beto Studart assumirá a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, substituindo o industrial Roberto Proença de Macedo. Antes da posse, a nova direção da FIEC decidiu ouvir 22 personalidades cearenses sobre o desempenho da economia e da indústria no Estado, bem como prioridades  para compor a agenda da diretoria a ser empossada.

Um dos nomes a dar seu depoimento, como homem ligado aos setores empresarial e industrial do Estado, além de conhecer bem a história da entidade, foi o secretário do Planejamento e Gestão do Governo do Estado, Eduardo Diogo, neto do primeiro presidente da FIEC, o empresário Waldyr Diogo, que esteve à frente da entidade no período de 1950 a 1062.

Em sua análise sobre o cenário da economia e da indústria do Estado, Eduardo Diogo afirmou que o setor econômico deve atuar com foco em três vertentes: consolidar os segmentos das indústrias existentes; buscar as indústrias de base e trabalhar as vocações naturais do Estado, como, por exemplo, turismo e agricultura irrigada.

“É fundamental fazer o que não foi feito e ter a consciência de que só se pode dar um salto de qualidade se fizer diferente”, acrescentou o secretário, lembrando que é preciso também ter um nível de consciência globalizado para fazer o link com o que há lá fora. Eduardo Diogo destacou ainda ser de suma relevância a formalização de alianças estratégicas.

O Secretário enfatizou iniciativas do Governo Cid Gomes que têm contribuído para mudar o perfil da economia cearense como a implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém, “o grande tento industrial da gestão do Governador, hoje o maior investimento privado em execução no Brasil”.

Outro ponto salientado foi o bom desempenho da economia cearense nos últimos anos, que tem crescido acima da média nacional, “que era o grande desafio do governador Cid Gomes”, pontuou o Secretário, acrescentando que há 16 trimestres consecutivos o PIB cearense tem superado a média nacional. Eduardo Diogo citou ainda a queda na taxa de desemprego, a elevação do emprego formal e o crescimento da Receita Corrente Liquida, que saltou de R$ 6 bilhões para 13,4 bilhões no ano passado.

Ao ser questionado sobre a atuação da FIEC, Eduardo Diogo enalteceu, inicialmente, o desempenho do atual presidente Roberto Macedo, “que surpreendeu positivamente ao promover a reaproximação com o Governo do Estado e tem mantido uma relação saudável”.

Segundo o secretário da SEPLAG, o futuro presidente da FIEC deve defender interesses legítimos e ter um nível de consciência elevado. “A FIEC não deve ser apenas a Casa da Indústria, mas do empresariado. Precisa ter uma visão mais ampliada”, recomendou Eduardo Diogo.