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Como a morte da juíza da Suprema Corte nos EUA mexe na Eleição Presidencial – Vídeo 08 da série sobre a Democracia Americana e as Eleições Presidenciais de 2020

 

O falecimento de Ruth Bader Ginsburg, juíza da Suprema Corte de Justiça dos EUA, no último dia 18 promete mexer com o cenário americano às vésperas das eleições presidenciais. Ginsburg foi nomeada por Bill Clinton em 1993 e teve sua passagem na Corte marcada pelo apoio a causas liberais. Corte essa definida por Oliver Wendell Holmes como “nine scorpions in a bottle (nove escorpiões em uma garrafa”

O presidente Donald Trump já anunciou que deve fazer o anúncio de uma nova juíza, portanto uma mulher, na próxima semana. Seria a terceira nomeação de Trump para a Corte, após Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh, nos seus quatro anos de mandato.

A grande questão do anúncio é a possibilidade de ampliar o desequilíbrio entre os partidos Republicano e Democrata na Corte, poucas semanas antes da eleição presidencial, caso Trump nomeie uma figura puramente conservadora, além de aumentar ainda mais a divisão entre os pólos do espectro ideológico. Dessa forma, somariam-se três nomes liberais e seis conservadores.

No jogo político, para a escolha de quais escorpiões estarão dentro da garrafa decidindo a vida dos americanos, republicanos e democratas sempre defenderão as teses que melhor lhes convierem de acordo com os assentos que ocuparem naquele respectivo momento. Se na oposição, defenderão esperar; se na situação, defenderão indicar de imediato. Não há que se iludir com a esperança de consistências políticas excepcionais de qualquer lado, quando o que se está em jogo é a oportunidade de moldar a sociedade mais rica do mundo de acordo com os valores e princípios que cada um entende como ideais para orientar a conduta humana.