Será Esta a Maior Guerra Comercial da História!?!
No mesmo dia em que o nosso Brasil deixou a Copa do Mundo da Rússia, tarifas de US$ 34 bilhões em produtos chineses se tornaram efetivas – impostas pela administração Donald Trump. As perspectivas política e econômica são sempre fundamentais e entrelaçadas, e aqui é exatamente o caso!
Politicamente, o presidente Trump continua implementando suas promessas de campanha e reforçando a conexão com sua leal base eleitoral – o que é fundamental para assegurar um bom resultado nas eleições de meio de mandato que acontecerão no dia 6 de novembro próximo, quando todos os 435 assentos na Câmara Federal e 33 dos 100 assentos no Senado estarão em disputa. “Um bom resultado,” no caso, significa manter o controle do Partido Republicano tanto na Câmara Federal como no Senado.
Economicamente, o impacto é ainda mais amplo. Quando duas superpotências entram em disputa frontal (elas juntas representam 39,24% do PIB mundial), os aproximados 60% restantes sentem o efeito colateral. Nesse contexto, o Brasil não está imune a isso. A China está retribuindo (ou retaliando) com um movimento cirúrgico, que visa punir parte da base do Presidente Trump, impondo suas próprias tarifas (em igual valor) aos produtos agrícolas dos EUA, por exemplo, soja.
Como o maior exportador de soja, o Brasil é imediata e diretamente impactado. Essencialmente porque a China, que importa 60% da soja comercializada mundialmente, está naturalmente se tornando mais dependente da soja brasileira – tenhamos também em mente que os EUA e o Brasil juntos respondem por cerca de 80% das exportações mundiais de soja.
Em síntese, neste momento as certezas são de que os EUA são a nação mais poderosa da Terra, e que o mundo anseia por ter acesso ao intrigante e auspicioso mercado chinês de 1,3 bilhão de pessoas. Se esta guerra comercial vai fazer mais mal do que bem, apenas o futuro dirá. E isso dependerá, essencialmente, de quão longe ambas as partes estão dispostas a ir, o que pode resultar no início de um ciclo sem fim!
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Is it the Biggest Trade War in History!?!
In the same day my Brazil left the Russia World Cup, tariffs worth US$ 34 billion in Chinese goods became effective—imposed by Trump administration. The political and the economic standpoint are always pivotal and intertwined, and here is exactly the case!
Politically, President Trump keeps implementing his campaign promises and reinforcing the connection with his loyal base—what is critical to ensure a successful result in the midterm elections that will take effect on November 6, when all 435 seats in the House and 33 of the 100 seats in the Senate will be up for grabs. By “successful result” I clearly mean maintaining the Republican control of both the House and the Senate.
Economically, the impact is even broader. When two superpowers argue (they represent combined 39.24% of the world GDP), the remaining 60%, or so, feel the knock-on effect. In this context, Brazil is not immune of it. China is reciprocating (or retaliating) with an accurate move, which intends to damage part of Trump’s base, by imposing their own tariffs (on an equal amount) on U.S. agriculture products, e.g., soybeans.
As the largest exporter of soybeans, Brazil will be immediately and directly impacted. Essentially, because China, which imports 60% of the soybeans traded worldwide, is naturally becoming more dependent on Brazil’s soybeans—bear in mind also that the U.S and Brazil combined account for roughly 80% of global exports of soybeans.
To sum it all up, at this juncture the certainties are that the U.S. is the most powerful nation on Earth, and that the world longs to access the puzzled-auspicious 1.3 billion-person Chinese market. If this trade war will do more harm than good, it is still to be known. And it will fundamentally depend on how far both parties are willing to take this, what might be the beginning of an unstoppable cycle!