O presidente da Federação das Industria do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macedo, e um grupo de industriais, conheceram na manhã de hoje, 10, as obras da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. Para o industrial, as estações – como a São Benedito visitada pelo grupo – quanto um percurso realizado por trem na parte já eletrificada, comprovam que a linha sairá e será de grande importância para sanar parte dos problemas de mobilidade urbana de Fortaleza. A visita faz parte do projeto “O Ceará que a gente faz”, iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag).
Na estação São Benedito, localizada no Centro da cidade, o presidente do Metrô de Fortaleza, Rômulo Fortes, e o secretário da Infraestrutura (Seinfra), Adail Fontenele, fizeram uma explanação de toda a trajetória de construção da linha Sul, apresentando o cronograma para este ano, que prevê a operação assistida (quando o trem operará em fase experimental) já a partir de 15 de junho, partindo da estação Virgilio Távora, em Maracanaú, à estação da Parangaba. O projeto da linha Leste (subterrânea) da Capital, que irá do Centro ao Fórum Clóvis Bevilaqua também foi apresentado na visita.
Na sua fala, o secretário Eduardo Digo, da SEPLAG, disse da satisfação em receber um dos mais importantes segmentos da economia cearense, no caso o setor industrial, naquele momento representado pelo Presidente da FIEC, Roberto Macedo, e mais um grupo de empresários que o acompanhava. Para o secretário, a visita às obras da linha Sul do Metrô de Fortaleza, consolida a segunda edição do projeto “O Ceará que a gente faz”, que consiste em mostrar à sociedade cearense, os “equipamentos de grande importância para a economia cearense”. A primeira visita foi ao Centro de Eventos, e estão programadas as do Castelão, em março, e Porto do Pecém, em abril.
Na estação São Benedito os industriais puderam conhecer o tipo de trem utilizado, fabricado pela italiana Ansaldo Breda, movido a eletricidade e capaz de chegar a mais de 100 quilômetros por hora. O Veículo Leve Sobre Trilhos, fabricado em Barbalha pela empresa Bom Sinal e que será utilizado no ramal Parangaba-Mucuripe também foi apresentado durante a visita. “As pessoas agora começam a ver que o metrô da linha Sul é uma realidade cada vez mais próxima”, destaca Adail Fontenele.
O projeto “O Ceará que a gente faz” tem por objetivo apresentar à sociedade cearense, in loco, os principais empreendimentos do Governo e ouvir opiniões e ideias de um público-alvo constituído por formadores de opinião integrantes de setores representativos da sociedade. A primeira ação do projeto foi realizada no último dia 27 de janeiro, quando dirigentes da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) visitaram as obras do Centro de Eventos do Ceará. No próximo mês está prevista uma visita às obras do castelão. “Esta ação é importante para colhermos sugestões para as obras e verificarmos se nossas ações estão em consonância com a sociedade”, ressalta Eduardo Diogo.
Linha Sul do Metrô
A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) já concluiu 95% das obras civis da linha Sul, que ligará o Centro de Fortaleza à Pacatuba. São 24,1 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado.
A obra está recebendo um investimento total de R$ 1,705 bilhão. A previsão é que as obras civis sejam finalizadas até o fim deste ano do contrato original. Em 2012, devem ter início os testes com passageiros. Em 2013, serão feitos os ajustes finais. A expectativa é transportar 350 mil passageiros por dia, com a integração plena com os terminais de ônibus.
Quatro trens já chegaram ao Ceará. O restante chegará a Fortaleza até setembro deste ano. Os trens fazem parte de um total de 20 que formarão dez composições de 80 metros, cada. Estão sendo executadas 18 novas estações: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); Central – Xico da Silva (antiga João Felipe).
O Governo do Estado conseguiu a inclusão de mais duas estações no cronograma de obras: Juscelino Kubitschek e Padre Cícero. As duas estações já estavam previstas desde a concepção original da Linha Sul, mas com o Plano de Mobilidade Urbana gerado pela Copa do Mundo da Fifa em 2014, suas implantações foram antecipadas. Com isso, a Linha Sul do Metrô de Fortaleza, que liga Pacatuba ao Centro de Fortaleza, terá ao todo 20 estações.
A implantação do Metrô de Fortaleza é considerada a maior obra estruturante da capital. A expectativa é que o Metrô solucione um dos grandes problemas da cidade, que é o ordenamento de seu trânsito. A necessidade de se aumentar a oferta de transporte público de qualidade em substituição aos carros de passeio tem sido um dos objetivos de governos para desafogar as vias e melhorar a mobilidade urbana.